«But we were so Russian, as adolescents, and perhaps we were practicing to become writers. (...) But it wasn’t a good thing to be cured of – the habit of correspondence, I mean. I’m aware that important ground was lost. One way or another it happened to most people I knew – a dying back into private consciousness and a kind of miserliness.»
Extrato de Letters, por Saul Bellow.
D.
Vários aspectos das suas vidas se associavam à cor azul. Para começar, o fumo denso que, como serpentes, subia dos seus cigarros para o tecto da divisão da casa. Depois, vários indícios foram lentamente emergindo, como bolhas de ar num denso molho em preparação. Primo, a melodia que A. escutava na telefonia. Secundo, o mostrador do relógio de pulso que T. acabava de estrear. Tertio, a face estupefacta de D. Na manhã seguinte as autoridades punham em curso uma nova investigação.