Os leopardos invadem o templo e bebem o conteúdo dos vasos sacrificiais; esvaziando-os; isto repete-se incessantemente; por fim, esta situação pode calcular-se de antemão e torna-se uma parte da cerimónia.
Leoparden brechen in den Tempel ein und saufen die Opferkrüge leer; das wiederholt sich immer wieder; schließlich kann man es vorausberechnen und es wird ein Teil der Cerimonie.
#20, in "Aforismos" (Escritos na localidade histórica de Zürau), de Franz Kafka.
D.
Vários aspectos das suas vidas se associavam à cor azul. Para começar, o fumo denso que, como serpentes, subia dos seus cigarros para o tecto da divisão da casa. Depois, vários indícios foram lentamente emergindo, como bolhas de ar num denso molho em preparação. Primo, a melodia que A. escutava na telefonia. Secundo, o mostrador do relógio de pulso que T. acabava de estrear. Tertio, a face estupefacta de D. Na manhã seguinte as autoridades punham em curso uma nova investigação.