Vários aspectos das suas vidas se associavam à cor azul. Para começar, o fumo denso que, como serpentes, subia dos seus cigarros para o tecto da divisão da casa. Depois, vários indícios foram lentamente emergindo, como bolhas de ar num denso molho em preparação. Primo, a melodia que A. escutava na telefonia. Secundo, o mostrador do relógio de pulso que T. acabava de estrear. Tertio, a face estupefacta de D. Na manhã seguinte as autoridades punham em curso uma nova investigação.

Setembro passou quase todo. O ano pagão deu mais uma volta completa e um novo ciclo agro-académico começa. O mundo, a seu modo, cobre-se de um outro azul, mais escuro e baço. Este Setembro repetiu a dose do ano anterior de muitas maneiras. O último dia do Verão passado na Arrábida entre amigos e o coração entretido com pensamentos doces e ternos sobre J. Um membro deste blogue casou-se no mês de Setembro, numa festa também ela inesquecível.

De resto, Setembro é um mês como os demais, observando piscinas regradas entre a mansarda de Oakfield Grove e as masmorras de Priory Road.

Entretanto o Outono aportou a Inglaterra e com especial intensidade à cidade quasi-portuária que é Bristol. Por ora, escutamos com propositado atraso Metals, da Feist.


D.