D.
Vários aspectos das suas vidas se associavam à cor azul. Para começar, o fumo denso que, como serpentes, subia dos seus cigarros para o tecto da divisão da casa. Depois, vários indícios foram lentamente emergindo, como bolhas de ar num denso molho em preparação. Primo, a melodia que A. escutava na telefonia. Secundo, o mostrador do relógio de pulso que T. acabava de estrear. Tertio, a face estupefacta de D. Na manhã seguinte as autoridades punham em curso uma nova investigação.
Por falar em negro, Pedro Costa e estética...
Na sequência dos dois posts anteriores, vem-me à memória um dos melhores filmes que vi no ano passado, «Ne change rien», de Pedro Costa. É impossível ficar indiferente após a visionamentalização do trailer abaixo. Estou certo que, apesar de algumas pífias discordâncias cinéfilas, A. concorda com mais esta categórica afirmação da minha caprichosa autoria.
D.
D.