Vários aspectos das suas vidas se associavam à cor azul. Para começar, o fumo denso que, como serpentes, subia dos seus cigarros para o tecto da divisão da casa. Depois, vários indícios foram lentamente emergindo, como bolhas de ar num denso molho em preparação. Primo, a melodia que A. escutava na telefonia. Secundo, o mostrador do relógio de pulso que T. acabava de estrear. Tertio, a face estupefacta de D. Na manhã seguinte as autoridades punham em curso uma nova investigação.

Azul no ar (nota que poderá melindrar A. e T.)

Este blogue não pretende impressionar. Num mundo adverso e concorrencial, busca o necessário oxigénio para respirar e, à custa desse metronómico hábito, prolonga a sua duração no tempo.

D.