Vários aspectos das suas vidas se associavam à cor azul. Para começar, o fumo denso que, como serpentes, subia dos seus cigarros para o tecto da divisão da casa. Depois, vários indícios foram lentamente emergindo, como bolhas de ar num denso molho em preparação. Primo, a melodia que A. escutava na telefonia. Secundo, o mostrador do relógio de pulso que T. acabava de estrear. Tertio, a face estupefacta de D. Na manhã seguinte as autoridades punham em curso uma nova investigação.
The Neon Demon
Trata-se de um dos filmes mais estimulantes que me foi dado a ver nos últimos anos.
Segundo os Cahiers do Cinéma, 2016 ofereceu aos cinéfilos uma das melhores colheitas de sempre do festival de Cannes. O primeiro travo confirma esse juízo.
Aguardo agora com ansiedade a chegada de Elle, Toni Erdmann, Ma Loute, Aquarius e Rester Vertical às salas dinamarquesas.
D.