Sem ordem particular, aqui vos deixo a lista das mais importantes descobertas estéticas deste ano que agora passou. Um ano, na aparência, pouco favorável para estas brincadeiras, mas que no fim das contas se revelou mais rico que muitos dos anteriores. Assim seja para este que acaba de começar.
1. Solo Concerts - Bremen and Lausanne, Keith Jarrett.
2. The Patrick Melrose Novels, Edward St. Aubyn.
3. Love is Strange, Ira Sachs.
4. Non ou Vã Glória de Mandar, Manoel de Oliveira.
5. Fargo, Noah Hawley.
6. Love Letters, Metronomy.
7. N'oublie pas que tu vas mourir, Xavier Beauvois.
8. True detective, Nic Pizzolatto.
9. The Grand Budapest Hotel, Wes Anderson.
10. Seinfeld, Larry David and Jerry Seinfeld.
11. Anselm Kiefer, Royal Academy of Arts.
12. Barnes Foundation, Philadelphia.
D.
Vários aspectos das suas vidas se associavam à cor azul. Para começar, o fumo denso que, como serpentes, subia dos seus cigarros para o tecto da divisão da casa. Depois, vários indícios foram lentamente emergindo, como bolhas de ar num denso molho em preparação. Primo, a melodia que A. escutava na telefonia. Secundo, o mostrador do relógio de pulso que T. acabava de estrear. Tertio, a face estupefacta de D. Na manhã seguinte as autoridades punham em curso uma nova investigação.