Ter uma pica musical. Encostar-me para trás na cadeira, esticar as pernas, mão esquerda na algibeira. Forçando um pouco a costura a mão relaxa sobre a perna. Dedo anelar e médio garantem estabilidade enquanto o indicador e o polegar puxam-me a pixa. Quatro movimentos, sequência de flexão e relaxamento. Um tilt no joelho esquerdo. Eis a música.
Começa lenta, sempre. Não a conheço até começar mas a partir dos primeiros acordes é fácil antecipar a sequência da vez. Não há que enganar - mais sentimental segue uma Quarta, mais dramática uma Carmen, mais aventureira uma Valquíria, mais introspectiva uma Primavera Sagrada, mais esquisita um Bolero do Ravel. Não sei como a minha picha consegue mas à primeira pergunta de "estás a ouvir esta música", segue-se sempre uma aprovação, um "que linda", "que momento mágico"...
A partir daí, a música é outra.
A.
Começa lenta, sempre. Não a conheço até começar mas a partir dos primeiros acordes é fácil antecipar a sequência da vez. Não há que enganar - mais sentimental segue uma Quarta, mais dramática uma Carmen, mais aventureira uma Valquíria, mais introspectiva uma Primavera Sagrada, mais esquisita um Bolero do Ravel. Não sei como a minha picha consegue mas à primeira pergunta de "estás a ouvir esta música", segue-se sempre uma aprovação, um "que linda", "que momento mágico"...
A partir daí, a música é outra.
A.