- Quem são os teus orientadores lá?
- O Fabien e o Grégory...
- (Com sotaque nortenho) Como é que eles se chámão mesmo?
- (Entre-dentes) Fábio e Gregório.
- Ah! São porreiros eles?
(O meu interlocutor neste diálogo era um rapaz do Minho um pouco para o brutamontes. Que Deus o salve.)
D.
Vários aspectos das suas vidas se associavam à cor azul. Para começar, o fumo denso que, como serpentes, subia dos seus cigarros para o tecto da divisão da casa. Depois, vários indícios foram lentamente emergindo, como bolhas de ar num denso molho em preparação. Primo, a melodia que A. escutava na telefonia. Secundo, o mostrador do relógio de pulso que T. acabava de estrear. Tertio, a face estupefacta de D. Na manhã seguinte as autoridades punham em curso uma nova investigação.